domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cansado...


Cansado sim, cansado.
Estou cansado de esperar, esperar com que o vento termine de arrastar as conhecidas ondas para bater nas antigas rochas cheias de limo e então fazer aquele belo som - muito particular, de forma repetitiva mas sempre com seus detalhes diferentes e devo dizer que é bom para dormir.
Talvez cansado de ver aquelas aves voando e roubando o peixe das companheiras, brigando para matar a fome, garantindo sua sobrevivência diária naturalmente.
Cansado de muita coisa, o suficiente para dormir muito, muito, muito e muito. Dormir o dia inteiro e depois notar que a noite não é o suficiente para matar este cansaço.
Então mais tempo, preciso dormir por séculos, hibernar por todas estações e logo pela manhã de amanhã acordar energético, livre e energético para respirar, para ouvir, cantar, observar e amar.
Muito sono, sono que não deixa o sol nascer, sono que não deixa chover, sono para não deixar a lua aparecer, sono para sonhar com um profundo e longo descanso.
Cansado de escrever, cansado de...

Boa noite.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A Chama


Do fogo vejo em minha mão esquerda, marcas fatais que, embora não cabíveis à visão humana, ardem como no momento em que o tal signo ascendeu.
Uma profunda gama de essências, que agem como combustível para uma febre e alucinado fico sentindo lapidações das melodias...
Melodias estas que vem de uma traçada e parte dela é marcada por uma chama, o tal signo, características que vem, desde a existência, florescendo ao mesmo tempo que queimando.
Uma marca que mantém queimando, além da mão - machucando, o peito - vida, e conseqüentemente fervendo idéias em minha mente.